Olá, meus caros amigos e amigas, seguidores e visitantes,
já lá vai uma boa temporada sem qualquer actualização do Blog. Indesculpável! Mas cá estamos, retomando o contacto com mais um despretensioso texto sob o tema das viagens. Na verdade, a “produção” tem sido pequena e por isso não tem havido muito para contar. Quanto a projectos … alguns, mas só quando estiverem melhor alicerçados vos darei conta deles. O maior obstáculo continua a ser a falta de interesse por parte de companheiros/as em compartilhar a aventura das viagens. E, na minha perspectiva, esta é uma actividade que praticada a solo, perde muito da sua graça. Entretanto temo-nos contentado com alguns trabalhos de índole caseira, como o passeio em carros antigos realizado entre os passados dias 4 e 7 de Novembro. Este passeio teve como objectivo percorrer a metade norte da Estrada Nacional Nº 2. Esta, que já foi uma via estruturante ligando a região de Trás-os-Montes ao Algarve, foi caindo em desuso. A abertura de outras com traçados muito mais rápidos e cómodos retirou-lhe importância. Em semiesquecimento se manteve para a maioria dos automobilistas de “longo curso” até há poucos anos, altura em que João Catarino, um professor de Belas Artes e amante das “Viagens na nossa Terra” reconstituiu o trajecto a bordo de uma VW tipo “pão de açúcar”. Daí, resultou a publicação de um livro sob a forma de diário de viagem. Não sei se foi este o único contributo ou o decisivo para que a EN 2 recuperasse importância e visibilidade. Mas foi aquele em que me inspirei para lhe seguir na peugada! Para mim e muitos mais, é também uma forma de evocar a famosa road 66 (EU), os filmes e as músicas, saudade e memórias que afluem à mente da malta da minha geração.
O texto que se segue, em itálico,
foi retirado da Net – Geocaching:
“No plano de 1945 esta era a mais longa
estrada do país, ligando-o pelo interior desde o seu extremo norte (Chaves) ao
seu extremo sul (Faro). A maior parte do seu antigo itinerário foi absorvida pelos
IP2 e IP3. Os troços Penacova - Góis, Portela do Vento - Pedrogão, Mora -
Ervidel e Aljustrel - Castro Verde foram reclassificados como Estrada Regional
(ER 2). É a estrada nacional mais extensa, passa pelas cidades de Vila Real,
Régua, Lamego, Viseu, Abrantes e Faro. Na fase final do seu trajecto contém as
celebres CURVAS DO CALDEIRÃO que até á década de 70 do século XX eram o caminho
mais percorrido pelos automobilistas que rumavam ao Algarve. Entre Abrantes e
Castro Verde a "NACIONAL 2" percorria um dos mais inóspitos recantos
do Alentejo. A E.N.2 tinha igualmente uma componente de estratégia militar, era
uma estrada "especial", assim não admira que o marco quilométrico
indicativo do quilómetro 300 tivesse sido executado de modo diferente. Está
colocado no Concelho de Góis sensivelmente no ponto médio da ESTRADA. Tem
inscrições em todas as quatro faces mas o musgo entretanto criado não permite
ler. A Empresa Estradas de Portugal devia interessar-se pela conservação deste
marco antes que seja destruído e se perca um raro testemunho que é mais um dos
pontos de interesse da NACIONAL 2.”
E agora, algumas fotografias em completa desordem:
"Road-book" do passeio. Tempos e quilometragens.
Sob a protecção de Nª Sª (S. Cristóvão, padroeiro dos automobilistas, estava de férias ...!) seguimos viagem desde Pombal até Chaves e regresso. Esta imagem encontra-se num nicho de um edifício público na cidade de Chaves,
O grupo dos passeantes rodeando o marco do Km zero da EN 2 em Chaves.
Visitando Chaves.
No Km 0
Entrada do museu da CP em Chaves.
Jantando.
Clicando.
Em Freixo de Espada à Cinta
Museu dos Descobrimentos em Belmonte. Uma visita da iniciativa do Manuel Ferreira, não prevista no plano inicial.
Em frente ao restaurante "O Manjar do Marquês" colando os dísticos do passeio nos capots das viaturas.
No regresso, uma paragem para café em Pedra do Altar.
A "joaninha" do Henrique Vilhena, de quem fui co-piloto.
Ui tanto frio!
De pêra e cavanhaque brancos, apesar de ser um jovem de apenas 58 anos está o senhor Carlos, amigo do Luís Ferreira e de seu primo Manuel. Foi o nosso anfitrião na localidade de Póvoa de Santo António, próximo de Canas de Senhorim, onde fomos comtemplados com um fantástico almoço (Feijoada à Transmontana) na adega da sua casa. Sobremesas de comer até cair para o lado e libações prudentes à base de Dão legítimo. Ao Carlos e esposa o nosso muito obrigado.
Depois de um almoço daqueles ... muito sono!
De óculos, à direita na imagem, o Manuel Ferreira à conversa com o João Isidoro. No centro da mesa, de cú para o ar, o "palhinhas".
O Luís e a Ângela. Nm o nosso pai morre, nem a gente almoça!
Uma rua de Peso da Régua.
Os "velhinhos" estacionados no parque do hotel Régua D'Ouro
vai ali um a segurar a barriga ... parece que vai aflito!
Num miradouro.
Um trecho do rio Douro, próximo da Régua.
O autor devidamente encarapuçado.
Em casa dos pais da Ângela, onde fomos recebidos com muita simpatia e uma excelente Bôla mais um salpicão regional.
A nossa guia, em Chaves. Que coisa mais linda!
juan_jovi@sapo.pt