terça-feira, 27 de abril de 2010

66 - O fim de um ciclo.

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A Isabel e o Vasco à porta da matriz de Pombal no dia do seu casamento (24/04/2010).


No passado sábado dia 24 de Abril, Isabel, a minha filhota mais nova, casou! Casamento de igreja, com vestido de noiva e madrinha tal como manda a tradição, seguido de copo de água para os familiares e amigos mais chegados. O evento trouxe-me ocupado nas últimas semanas, mais do ponto de vista psicológico do que pelos grandes afazeres que de facto não tive. Dos meus quatro descendentes, a Isabel era a solteira da família, constantemente acossada pela avó Encarnação (minha mãe) que lhe dizia “ó filha, legaliza-te, legaliza-te … “. Como pai, não poderia sentir-me mais “inchado”, primeiro porque rejubilo com a felicidade tranquila que leio nos olhos da minha Belocas, depois, porque este casamento é uma espécie de dois em um, já que além de ter ganho mais um genro, por sinal um gajo porreiro, na encomenda vem também o meu neto André, com chegada prevista lá para o mês de Setembro. Será o primeiro “homem” no meio de um enxame de primas que não deixarão de o examinar meticulosamente a ver se está tudo nos conformes.
E assim cheguei ao fim de mais um ciclo dos vários em que se desdobrou a minha vida pessoal, profissional e familiar. Outro começou há já algum tempo e vai ficando cada vez mais claro, aquele que implica um certo apagamento da minha identidade pessoal em detrimento de um reforço da identidade por afinidade. Pois tenho notado que com o passar dos anos, deixei em larga medida de ser “fulano de tal”, para passar a ser conhecido como o pai de … e de …, e agora também o avô da Inês, da Carolina da Joana, da Mariana etc. E do André, daqui por dois anitos, quando for levá-lo ou buscá-lo à sua escolinha.
É uma transição serena que se faz com muito gosto e grandes projectos! Já me imagino a conduzir um mini-autocarro com a cambada toda na maior desbunda, seja na loucura das viagens “à moda do avô” ou simplesmente a caminho da praia com pic-nic, gato e cão a bordo, e aqui o velhadas a prometer porrada a torto e a direito numa tentativa, sempre frustrada, de manter a ordem. Assim aconteceu com os pais!
Este é também um momento excelente para fazer um balanço da vida vivida. Valeu a pena, estou de medida cheia e tudo graças este investimento fabuloso chamado família, que me faz sentir milionário entre os milionários, Deus no céu e eu na terra!
E aqui vai a minha profissão de fé: Creio na família à moda antiga, creio no amor e na solidariedade entre os seus membros, creio na criançada de hoje que há-de conduzir o destino do mundo no futuro e acredito que envelhecer tranquilamente na companhia dos amigos até chegar a hora da “passagem”, é o melhor destino que podia estar reservado para qualquer ser humano.
Ah, mesmo a terminar queria deixar bem expresso o meu orgulho por ter agora a meu lado uma “força de combate” especial, constituída pelo filho e três genros. É que se a coisa algum dia ficar preta, aquelas que eu haveria de apanhar sozinho ... distribuídas pelos cinco … até já me sinto aliviado!
Até ao próximo post, saudações do,
juan_jovi@sapo.pt

1 comentário:

  1. Baba de Avô!!!...

    Que saia tudo conforme a ante-visão que atrás descreves.
    Já te vês de velho motorista de casa em casa a distribuir as crianças pelas famílias...

    De qualquer modo, para o agora, as maiores felicidades para Pais e Filhos.

    Santos Oliveira

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