sexta-feira, 9 de novembro de 2012

102 - EN 2.

 
Olá, meus caros amigos e amigas, seguidores e visitantes,
já lá vai uma boa temporada sem qualquer actualização do Blog. Indesculpável! Mas cá estamos, retomando o contacto com mais um despretensioso texto sob o tema das viagens. Na verdade, a “produção” tem sido pequena e por isso não tem havido muito para contar. Quanto a projectos … alguns, mas só quando estiverem melhor alicerçados vos darei conta deles. O maior obstáculo continua a ser a falta de interesse por parte de companheiros/as em compartilhar a aventura das viagens. E, na minha perspectiva, esta é uma actividade que praticada a solo, perde muito da sua graça. Entretanto temo-nos contentado com alguns trabalhos de índole caseira, como o passeio em carros antigos realizado entre os passados dias 4 e 7 de Novembro. Este passeio teve como objectivo percorrer a metade norte da Estrada Nacional Nº 2. Esta, que já foi uma via estruturante ligando a região de Trás-os-Montes ao Algarve, foi caindo em desuso. A abertura de outras com traçados muito mais rápidos e cómodos retirou-lhe importância. Em semiesquecimento se manteve para a maioria dos automobilistas de “longo curso” até há poucos anos, altura em que João Catarino, um professor de Belas Artes e amante das “Viagens na nossa Terra” reconstituiu o trajecto a bordo de uma VW tipo “pão de açúcar”. Daí, resultou a publicação de um livro sob a forma de diário de viagem. Não sei se foi este o único contributo ou o decisivo para que a EN 2 recuperasse importância e visibilidade. Mas foi aquele em que me inspirei para lhe seguir na peugada! Para mim e muitos mais, é também uma forma de evocar a famosa road 66 (EU), os filmes e as músicas, saudade e memórias que afluem à mente da malta da minha geração.

O texto que se segue, em itálico, foi retirado da Net – Geocaching:
No plano de 1945 esta era a mais longa estrada do país, ligando-o pelo interior desde o seu extremo norte (Chaves) ao seu extremo sul (Faro). A maior parte do seu antigo itinerário foi absorvida pelos IP2 e IP3. Os troços Penacova - Góis, Portela do Vento - Pedrogão, Mora - Ervidel e Aljustrel - Castro Verde foram reclassificados como Estrada Regional (ER 2). É a estrada nacional mais extensa, passa pelas cidades de Vila Real, Régua, Lamego, Viseu, Abrantes e Faro. Na fase final do seu trajecto contém as celebres CURVAS DO CALDEIRÃO que até á década de 70 do século XX eram o caminho mais percorrido pelos automobilistas que rumavam ao Algarve. Entre Abrantes e Castro Verde a "NACIONAL 2" percorria um dos mais inóspitos recantos do Alentejo. A E.N.2 tinha igualmente uma componente de estratégia militar, era uma estrada "especial", assim não admira que o marco quilométrico indicativo do quilómetro 300 tivesse sido executado de modo diferente. Está colocado no Concelho de Góis sensivelmente no ponto médio da ESTRADA. Tem inscrições em todas as quatro faces mas o musgo entretanto criado não permite ler. A Empresa Estradas de Portugal devia interessar-se pela conservação deste marco antes que seja destruído e se perca um raro testemunho que é mais um dos pontos de interesse da NACIONAL 2.”
E agora, algumas fotografias em completa desordem:


"Road-book" do passeio. Tempos e quilometragens.

 
Sob a protecção de Nª Sª (S. Cristóvão, padroeiro dos automobilistas, estava de férias ...!) seguimos viagem desde Pombal até Chaves e regresso. Esta imagem encontra-se num nicho de um edifício público na cidade de Chaves,
 
 
 
O grupo dos passeantes rodeando o marco do Km zero da EN 2 em Chaves.
 
Visitando Chaves.
 
 
No Km 0
 
 
Entrada do museu da CP em Chaves.
 
 
Jantando.
 
 
Clicando.
 
 
Em Freixo de Espada à Cinta
 
 
Museu dos Descobrimentos em Belmonte. Uma visita da iniciativa do Manuel Ferreira, não prevista no plano inicial.
 
 
Em frente ao restaurante "O Manjar do Marquês" colando os dísticos do passeio nos capots das viaturas.
 
 
 
No regresso, uma paragem para café em Pedra do Altar.
 
 
A "joaninha" do Henrique Vilhena, de quem fui co-piloto.
 
 
Ui tanto frio!
 
 
De pêra e cavanhaque brancos, apesar de ser um jovem de apenas 58 anos está o senhor Carlos, amigo do Luís Ferreira e de seu primo  Manuel. Foi o nosso anfitrião na localidade de Póvoa de Santo António, próximo de Canas de Senhorim, onde fomos comtemplados com um fantástico almoço (Feijoada à Transmontana) na adega da sua casa. Sobremesas de comer até cair para o lado e libações prudentes à base de Dão legítimo. Ao Carlos e esposa o nosso muito obrigado.
 
 
Depois de um almoço daqueles ... muito sono!
 
 
 De óculos, à direita na imagem, o Manuel Ferreira à conversa com o João Isidoro. No centro da mesa, de cú para o ar, o "palhinhas".
 
 
 O Luís e a Ângela. Nm o nosso pai morre, nem a gente almoça!
 
 
Uma rua de Peso da Régua.
 
 
 Os "velhinhos" estacionados no parque do hotel Régua D'Ouro
 
 
 vai ali um a segurar a barriga ... parece que vai aflito!
 
 
 Num miradouro.
 
 
Um trecho do rio Douro, próximo da Régua. 
 
 
 O autor devidamente encarapuçado.
 
 
Em casa dos pais da Ângela, onde fomos recebidos com muita simpatia e uma excelente Bôla mais um salpicão regional.
 
 
 A nossa guia, em Chaves. Que coisa mais linda!
 
 
                                                          Atentos às suas explicações.

juan_jovi@sapo.pt

quarta-feira, 4 de julho de 2012

101 - Fix und fertig!

O título significa mais ou menos "estou como o Caldas, arrumado!".

Pessoal, já estou de férias. Merecidas.
Terminado o curso, regressei a casa com duas certezas e uma sugestão. A primeira: O “investimento” pessoal e financeiro valeu a pena. A segunda: Vou regressar à Alemanha logo que possível, para mais um curso simples passeio. Quanto à sugestão, mais dirigida aos meus familiares, é bem simples: Façam com que os vossos pequenos, desde bem cedo, se interessem pela língua e cultura alemãs. Posso garantir-vos que não sofro de qualquer tipo de germanofilia mas, de duas uma: Não levará uma geração para que esta União Europeia tal como a conhecemos actualmente tenha evoluído para algo a que poderemos chamar os Vereinigten Staaten von Europa – Estados Unidos da Europa – com a Alemanha a “comandar as tropas”. Daí o interesse para as novas gerações, começarem desde bem cedo a integrar um certo modo de ser e de fazer, onde o conhecimento da língua alemã é fundamental. Ou, segunda hipótese … daqui a 20 anos os europeus terão esquecido os seus sonhos de partilha de responsabilidade e proveitos na redefinição de um mundo mais conforme, a par de chineses, americanos, russos ou brasileiros. Esta é a minha convicção. O que significa que, aquilo que aí vem em termos de alteração do nosso quotidiano, fará com que die Krise actual pareça uma brincadeira de putos. Depois não digam que não avisei!
Quanto a projectos para novas viagens de “longo curso”, tenho dois em carteira: Canadá/EUA e África do Sul/Moçambique. Deles vos darei conta oportunamente. Para já, vou a banhos.

A minha turma de alemão: Ao meu lado, com o logotipo do Goethe Institut à frente, está o Fatin, turco. A seguir estão a Chen-Chi e a Wan, chinesas. Por trás delas de óculos está o seu compatriota Sheng. O Alexander, médico russo e careca tem a seu lado a Michelle de Singapura e o Fong, também chinês. Em terceiro plano estão a Hanna, russa, o Junya, japonês e o Palek, polaco. Lá atrás estão os americanos Jake.e Cristopher. Por último, no cantinho, vestida de azul está a Frau Elvira Bauer, unsere Lehrerin.

Com muita amizade,
Juan_jovi@sapo.pt

sábado, 16 de junho de 2012

100 - Hallo Leute!

Hallo Leute!
(Ói, pessoal!)

Navios, pombos e pessoas.

Alguns, apenas alguns dos meus posts, são escritos a pensar especialmente na minha família e nos amigos mais chegados que todos os dias aqui veem bisbilhotar à procura de notícias frescas e fotografias. É para eles que, com todo o gosto, num invulgarmente lindo sábado de manhã e depois de uma semana “arrasadora”, me dedico a teclar esta mensagem. E a todos os visitantes que, mesmo não me conhecendo pessoalmente, acham que eu sou um tipo que "merece ser lido". Muito obrigado. 
Vou então começar por aquilo que até poderia ser a fonte dos meus tormentos … mas não é, der Kurs! Está nos conformes, embora eu ache que a carga horária diária (08.15-13.00) é demasiado pesada, tendo em conta a quantidade de horas de estudo que já levamos no pêlo todas as manhãs. Não tem sido raro pôr-me na vertical pelas quatro da madrugada que foi a hora a que o passarinho cantou (no Alentejo!), para concluir os TPC's que Frau Elvira Bauer, die Lehererin nos impinge diariamente. Vá lá, na passada sexta feira, talvez porque estivesse particularmente satisfeita e feliz (terá visto o padeiro?), deixou-nos o fim de semana livre!
Alguns dos meus colegas vão agora regressar aos seus países, por isso, os últimos dias de aulas já contiveram uma componente de avaliação, extensiva todos. Eu, porém, resolvi expandir um pouco mais os meus conhecimentos, talvez melhor dito, mitigar um pouco a minha ignorância e converti o meu esquema inicial noutro, duas semanas mais longo. Portanto, só poderei dizer Fertig! (terminado), lá para a primeira semana de Julho.                                 
Terão reparado que atrás sublinhei a palavra madrugada. Como sabemos, quanto mais elevadas são as latitudes mais curta é a noite nesta altura do ano, sendo mínima no Solstício de Verão. Aqui, onde estou a residir, e ainda estamos no sul da Alemanha, há luz solar quase até às 22h00 e às 4 da matina já é dia claro. Este facto, juntamente com outros, tem-me baralhado o neurónio (!) como passo a explicar.
Quando numa viagem de avião mudamos de país e se entre a respectiva residência habitual e o local de destino vai a distância de um continente, surgem no nosso organismo certas alterações nas funções biológicas que atribuímos ao chamado jet lag. Perturbações do sono e consequentemente do humor, alterações no regular funcionamento da tripalhada, cansaço fácil, são alguns dos itens que fazem parte do quadro de mal-estar de que se queixam muitos viajantes de longo curso. Fenómeno certamente bem estudado, até porque envolve muitos trabalhadores das companhias aéreas, mas cuja fundamentação científica desconheço.
No entanto e embora não se trate do mesmo fenómeno, sempre tenho algumas ideias àcerca do desconforto que afecta os galdérios, pelo menos durante alguns dias, quando em missão a longa distância. Às vezes basta-lhes sair de casa! Vou partilhá-las convosco. Então aqui vai!
Enquanto aluno do curso superior de pilotagem da Escola Náutica, aprendi o seguinte: Sabe-se que toda a matéria de que se compõe o planeta, incluindo a atmosfera e os nossos próprios corpos, se encontra sujeita à acção do campo magnético terrestre. Este caracteriza-se entre outros, pelas variáveis a) Intensidade do campo e b) Orientação das suas linhas de força. Estas, vou chamar-lhes “características”, sofrem alteração com o decorrer dos anos e o local onde nos encontramos. Há muito mais a dizer sobre o assunto, mas essa é matéria para académicos.
Ora, quando um navio é construído num estaleiro localizado por exemplo, na Ásia, os ferros utilizados na construção desse navio conferem-lhe as propriedades de um dipolo magnético que sai com a “marca" do campo (estaleiro) onde “nasceu”. Esta é tanto mais intensa quanto mais intensa foi a vibração provocada pela força das marteladas e maior o aquecimento devido às soldaduras. Como o valor da declinação da Agulha Magnética (Bússola), ou seja o ângulo entre as direcções do polo magnético e do polo geográfico depende do campo magnético terrestre e do campo magnético do próprio navio, quando este vem navegar por exemplo, em águas do Atlântico, tem que se proceder à “compensação do erro” através de certas manobras que levam ao acerto ou calibração da Agulha. Mais ou menos como quem acerta um relógio comprado na feira de Carcavelos! Caso contrário dá buraco e as bananas da Madeira até poderiam ir visitar as primas … do Brasil. Bem, pode-se exagerar um pouco, mas não tanto!
Dizem também alguns estudos que, pelo facto de a medula óssea dos pombos ser rica em átomos de ferro, estes se comportam como micro-ímanes volantes. Dentro da sua pequena cachimónia, o bicho disporá de algum dispositivo bioneural que lhes permite distinguir as linhas de força do seu próprio campo magnético e assim consegue encontrar o pombal onde foi criado. Nem sempre! Porque o amor acontece, se numa largada uma pomba simpática esvoaçar no seu espaço aéreo, podem ir ambos parar ou ao dele ou ao dela!
E nós? Nós comportamo-nos como magnetos, apenas maiores do que os pombos e como eles com muito ferro a bordo. Basta aludir à composição dos glóbulos vermelhos.
Nesta linha de pensamento, é de admitir que possuamos também o nosso próprio campo magnético, encontrando-se este sujeito interacção com o C. Magnético terrestre, característico dos locais onde vivemos ou para onde viajamos.
Hoje em dia, com tanta gente a pôr a cabeceira às avessas ao deslocar-se constantemente de um sítio para outro, mudando de residência e de local de trabalho como quem muda de sapatos, quem pode garantir que não andam também com a “agulha” meio tonta? Ou tonta de todo, o que até poderia explicar as neuras que por aí andam e estão sendo uma excelente mina para os shrinks!
No passado, o sedentarismo dos nossos avós permitia-lhes tirar conclusões expeditas ou empíricas de muitos factos da vida quotidiana. O Borda d’Água foi e ainda é um bom repositório desses conhecimentos. Quer se trate de saber do tempo que vamos ter durante as férias, em Agosto, ou da melhor lua para levar a marrã ao machio … está lá tudo! Trago isto à baila porque sempre me lembro de ouvir dizer aos velhos que a cabeceira da cama nunca deve ficar voltada para, poente, acho eu, mas não tenho a certeza. Meus caros, tendo a cabeceira voltada nem sei para onde, com a minha agulha completamente flipada, acordando todas as noites(?) por volta das 03H30 com a claridade do sol nascente, à mesma hora em que um fdp de um passaroco entesoado começa a cantar, em alemão, no parapeito da minha janela, admito, não tenho passado muito bem quanto a humores. Sendo a disposição daquelas em que só apetece comer maçãs azedas, cavar vinha e rogar pragas, estou ansioso por regressar ao meu pombal, em Pombal, ainda que sem pomba!
Só mais um bitate: Enquanto o portuga bebe a sua pinguita diariamente, estes alemães são do camano, guardam o stock inteiro para as libações do fim de semana. Como se pode imaginar, para alguns e algumas a coisa vai de caixão à cova. Ainda esta noite, eram duas da manhã, tive de mudar de quarto devido a um interminável sarrabulho, direkt unter meinem fenster (mesmo sob a minha janela), entre uma pipa de vinhaça e outra de cerveja! Pelo que entendi, ele queria, ela também, mas primeiro deu a outro. E ele ficou chateado…ora essa! Ou terá sido ao contário, já que era ela quem mais berrava!?
Tschüss! (tchau!)

domingo, 10 de junho de 2012

99 - Einige Bilder von Schwäbisch Hall.

(Algumas imagens de Schwäbisch Hall)

Se eu tivesse que definir o caráter desta cidade numa única palavra essa palavra seria serenidade. Schwäbisch Hall  (SwH) é uma cidade tranquila. Essa tranquilidade transparece no rosto e na postura das pessoas que encontramos na rua, nos supermercados ou nos locais de diversão. Têm todo o ar de quem sabe para onde quer ir e como lá chegar. Aparentam usufruir de uma invejável qualidade de vida e têm disso consciência, isto é; aproveitam-na! Os salários ficam acima do dobro daquilo que se ganha em Portugal e os preços são, para muitos artigos, como por exemplo os da área alimentar ou das utilidades domésticas, do mesmo nível ou inferiores aos que se praticam entre nós. Nas montras das imobiliárias constatei que se pode adquirir um apartamento no centro por algo menos de cem mil euros. Quanto aos automóveis, então … é melhor deixar para outra ocasião! O preço das roupas, calçado, restaurantes e transportes públicos urbanos também é muito acessível. Mas SwH apresenta uma outra notável característica que definirei com esta expressão mais ou menos esdrúxula: É uma cidade “rural”. As pontes que mantém com o campo estreitam-se todos os sábados nos mercadinhos de rua onde os alemães têm o hábito de adquirir a maioria dos produtos que consomem durante a semana. Das quintas em redor, primorosamente cuidadas, vêm as frutas, hortaliças e legumes, os queijos e enchidos, ovos, compotas e mel e mais tudo aquilo que a terra e o amor a ela nos podem proporcionar. A este respeito, reparei em duas coisas que, acho eu, se interligam: Primeiro – não existe por aqui terra desaproveitada, nem um palmo que seja. Segundo – o rácio “grande superfície comercial” por habitante é, a olho nu, muito inferior ao nosso. E penso que não são precisas mais explicações para explicitar a inépcia dos nossos políticos, isto para não os adjectivar da forma como merecem.
SwH aparenta não ter potencialidades para atrair grandes fluxos turísticos pelo menos tal qual nós as entendemos. Eu digo parece, porque a realidade é bem diferente. Aqui, podemos encontrar todos os dias, desde o viajante individual aos grupos familiares, às excursões com ou sem guia até aos participantes em eventos neste ambiente bucólico. Que as autoridades locais, com a sua Câmara à cabeça e a participação de hoteleiros e restauradores tão bem sabem atrair. O mesmo se poderá dizer do seu parque industrial, moderno e dinâmico, ao ponto de recentemente ter oferecido milhares de postos de trabalho a estrangeiros. Esta é a cidade que, no início do ano, pretendia recrutar 2700 trabalhadores portugueses, como noticiou a nossa mídia. Caros amigos e visitantes, aqui vão mais algumas fotografias e com elas segue o meu pedido de desculpas pela má qualidade das mesmas que se deve, creio, a algum bug da máquina.
Um mercadinho de rua que se realiza semanalmente (sábado) no largo situado entre a Igreja evangélica de S. Miguel e a Câmara municipal.

Outra vista do mesmo mercado.
Um subúrbio da cidade. Note-se como as casas estão bem enquadradas com a paisagem.
Em tempos idos, a região encontrava-se pragueada por pequenos reinos e principados, cujos soberanos passavam o tempo à castanhada uns aos outros. Para se defenderem, e aos seus súbditos, as cidades eram fortemente amuralhadas. Esta seria uma das portas de SwH.

Neste resto de muralha, pode observar-se a espessura dos muros.

Este cantinho evoca muitos sítios do nosso país onde funcionavam as azenhas movidas pela corrente dos rios.
Até o rio (Kocher) é manso. Agora! No pino do inverno deve ser bem turbulento.

E a maluqueira dos alemães? Estes tipos são mesmo "munta burros". Imaginem que em sítios tão prazeirosos como as margens dos seus rios, em vez de construírem prédios que dariam bom rendimento, montam parques de brincadeiras para os putos!

... e desperdiçam estas áreas nobres com zonas de lazer ajardinadas, circuitos de manutenção, ciclovias onde pedalam miúdos e graúdos e saltitam os melros ... E as taxas, onde é que se vão cobrar?

No mesmo local até construíram esta sala de espectáculos, em madeira, que nem telhado tem. Eles, com o graveto que dizem possuir, até podiam ter mandado edificar um CCB à grande!

Outro sinal de insanidade mental: Então não é que estes "gandas malucos" têm a mania de que  viver e conviver ao ar livre é que é bom?

Alguns chegam ao ponto de levar os morfes de casa para almoçarem "colectivamente". Para isso, a senhora câmara  gasta uma pipa de massa colocando-lhes à disposição, mesas, bancos, recipiente para restos etç. Além das fontes de água potável, casas de banho ... Então isto não é incentivá-los a viver como a ciganagem?

A rua é uma quase obcessão! Adoram tomar as refeições em restaurantes com esplanadas como esta ...

Ou como esta, que as há espalhadas por toda a cidade. Ei-los mastigando, com ar pacífico e feliz, indiferentes a uma intempestiva chuvada, correntes de ar, barulho, moscas, olhares indiscretos de quem passa ... É preciso ter estômago!

Bem, quando o guito está curto, como é o caso dos estudantes (!) e não só, também se pode almoçar em qualquer recanto, num quiosque como este. Por três euros ou menos: wurst, kebap etç.

As ruas do centro são muito calmas e convidam ao passeio a pé.

Mas as lojas têm sempre clientes!


" A ponte é uma passagem para a outra margem ...", diz a canção dos Já Fumega. Esta, rodoviária, une as duas margens do rio Kocher que atravessa a cidade, mais ou menos pelo seu meio.


Logo à saída (ou entrada?) da ponte, na margem direita do rio, fica esta antiga igreja transformada em moderno museu, de entrada gratuita, onde se encontram obras de muitos artista da região. Já visitei!!!

A rua onde se situa a minha escola (fica mesmo por detrás dos contentores amarelos), encontra-se neste estado. Progresso, modernização a quanto obrigas! Mas, os peôes têm a passagem protegida por rails e os passeios alcatifados para não sujarem o sapatito. Áh, já agora ... na frente de obra encontram-se sempre os engenheiros responsáveis, para qualquer eventualidade. Até parece que estou em portugal!

Kaufhaus, a "minha mercearia".

Para terminar, vai um cafezinho? Servido à mesa ou na espreguiçadeira? Aqui o sol quando nasce (aparece) é para todos!