domingo, 10 de junho de 2012

99 - Einige Bilder von Schwäbisch Hall.

(Algumas imagens de Schwäbisch Hall)

Se eu tivesse que definir o caráter desta cidade numa única palavra essa palavra seria serenidade. Schwäbisch Hall  (SwH) é uma cidade tranquila. Essa tranquilidade transparece no rosto e na postura das pessoas que encontramos na rua, nos supermercados ou nos locais de diversão. Têm todo o ar de quem sabe para onde quer ir e como lá chegar. Aparentam usufruir de uma invejável qualidade de vida e têm disso consciência, isto é; aproveitam-na! Os salários ficam acima do dobro daquilo que se ganha em Portugal e os preços são, para muitos artigos, como por exemplo os da área alimentar ou das utilidades domésticas, do mesmo nível ou inferiores aos que se praticam entre nós. Nas montras das imobiliárias constatei que se pode adquirir um apartamento no centro por algo menos de cem mil euros. Quanto aos automóveis, então … é melhor deixar para outra ocasião! O preço das roupas, calçado, restaurantes e transportes públicos urbanos também é muito acessível. Mas SwH apresenta uma outra notável característica que definirei com esta expressão mais ou menos esdrúxula: É uma cidade “rural”. As pontes que mantém com o campo estreitam-se todos os sábados nos mercadinhos de rua onde os alemães têm o hábito de adquirir a maioria dos produtos que consomem durante a semana. Das quintas em redor, primorosamente cuidadas, vêm as frutas, hortaliças e legumes, os queijos e enchidos, ovos, compotas e mel e mais tudo aquilo que a terra e o amor a ela nos podem proporcionar. A este respeito, reparei em duas coisas que, acho eu, se interligam: Primeiro – não existe por aqui terra desaproveitada, nem um palmo que seja. Segundo – o rácio “grande superfície comercial” por habitante é, a olho nu, muito inferior ao nosso. E penso que não são precisas mais explicações para explicitar a inépcia dos nossos políticos, isto para não os adjectivar da forma como merecem.
SwH aparenta não ter potencialidades para atrair grandes fluxos turísticos pelo menos tal qual nós as entendemos. Eu digo parece, porque a realidade é bem diferente. Aqui, podemos encontrar todos os dias, desde o viajante individual aos grupos familiares, às excursões com ou sem guia até aos participantes em eventos neste ambiente bucólico. Que as autoridades locais, com a sua Câmara à cabeça e a participação de hoteleiros e restauradores tão bem sabem atrair. O mesmo se poderá dizer do seu parque industrial, moderno e dinâmico, ao ponto de recentemente ter oferecido milhares de postos de trabalho a estrangeiros. Esta é a cidade que, no início do ano, pretendia recrutar 2700 trabalhadores portugueses, como noticiou a nossa mídia. Caros amigos e visitantes, aqui vão mais algumas fotografias e com elas segue o meu pedido de desculpas pela má qualidade das mesmas que se deve, creio, a algum bug da máquina.
Um mercadinho de rua que se realiza semanalmente (sábado) no largo situado entre a Igreja evangélica de S. Miguel e a Câmara municipal.

Outra vista do mesmo mercado.
Um subúrbio da cidade. Note-se como as casas estão bem enquadradas com a paisagem.
Em tempos idos, a região encontrava-se pragueada por pequenos reinos e principados, cujos soberanos passavam o tempo à castanhada uns aos outros. Para se defenderem, e aos seus súbditos, as cidades eram fortemente amuralhadas. Esta seria uma das portas de SwH.

Neste resto de muralha, pode observar-se a espessura dos muros.

Este cantinho evoca muitos sítios do nosso país onde funcionavam as azenhas movidas pela corrente dos rios.
Até o rio (Kocher) é manso. Agora! No pino do inverno deve ser bem turbulento.

E a maluqueira dos alemães? Estes tipos são mesmo "munta burros". Imaginem que em sítios tão prazeirosos como as margens dos seus rios, em vez de construírem prédios que dariam bom rendimento, montam parques de brincadeiras para os putos!

... e desperdiçam estas áreas nobres com zonas de lazer ajardinadas, circuitos de manutenção, ciclovias onde pedalam miúdos e graúdos e saltitam os melros ... E as taxas, onde é que se vão cobrar?

No mesmo local até construíram esta sala de espectáculos, em madeira, que nem telhado tem. Eles, com o graveto que dizem possuir, até podiam ter mandado edificar um CCB à grande!

Outro sinal de insanidade mental: Então não é que estes "gandas malucos" têm a mania de que  viver e conviver ao ar livre é que é bom?

Alguns chegam ao ponto de levar os morfes de casa para almoçarem "colectivamente". Para isso, a senhora câmara  gasta uma pipa de massa colocando-lhes à disposição, mesas, bancos, recipiente para restos etç. Além das fontes de água potável, casas de banho ... Então isto não é incentivá-los a viver como a ciganagem?

A rua é uma quase obcessão! Adoram tomar as refeições em restaurantes com esplanadas como esta ...

Ou como esta, que as há espalhadas por toda a cidade. Ei-los mastigando, com ar pacífico e feliz, indiferentes a uma intempestiva chuvada, correntes de ar, barulho, moscas, olhares indiscretos de quem passa ... É preciso ter estômago!

Bem, quando o guito está curto, como é o caso dos estudantes (!) e não só, também se pode almoçar em qualquer recanto, num quiosque como este. Por três euros ou menos: wurst, kebap etç.

As ruas do centro são muito calmas e convidam ao passeio a pé.

Mas as lojas têm sempre clientes!


" A ponte é uma passagem para a outra margem ...", diz a canção dos Já Fumega. Esta, rodoviária, une as duas margens do rio Kocher que atravessa a cidade, mais ou menos pelo seu meio.


Logo à saída (ou entrada?) da ponte, na margem direita do rio, fica esta antiga igreja transformada em moderno museu, de entrada gratuita, onde se encontram obras de muitos artista da região. Já visitei!!!

A rua onde se situa a minha escola (fica mesmo por detrás dos contentores amarelos), encontra-se neste estado. Progresso, modernização a quanto obrigas! Mas, os peôes têm a passagem protegida por rails e os passeios alcatifados para não sujarem o sapatito. Áh, já agora ... na frente de obra encontram-se sempre os engenheiros responsáveis, para qualquer eventualidade. Até parece que estou em portugal!

Kaufhaus, a "minha mercearia".

Para terminar, vai um cafezinho? Servido à mesa ou na espreguiçadeira? Aqui o sol quando nasce (aparece) é para todos!

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