Folheto-guia distribuído à entrada do parque arquelógico de Machu Picchu. Ao centro, a azul e de pernas o ar uma "carimbadela" que o visitante apunha no final da visita, comprovando o seu feito!
Bilhetes nominais de ida e volta no comboio expresso de Ollantaitambo a Águas Calientes. Embora num dos tickets figure a designação de mochileiro (back-packer), não era essa a nossa codição de viajantes, já que adquirimos títulos de viagem em 1ª classe!
Em cima, bilhete nominal de ingresso no parque. Na digitalização de baixo, mais um ticket de transporte de Águas Calientes a Machu Picchu.
Na Serra Nevada da Lousã, no dia de carnaval. A diabinha mais pequena que está de punho no ar, é a minha neta Carolina. Mais uma vez e como de costume, foi ela quem trouxe os bichos (vírus) da escolinha. Depois um beijinho carinhoso ou uma tossidela à toa e ... lá fica o avô de pantanas!
Na Serra da Lousã, no dia de carnaval de 2010.
Na Serra da Lousã, no dia de carnaval de 2010.
Um entrudo tradicional português, o único que encontrámos na deslocação à serra. E lá se vão as boas memórias das traquinices da minha juventude ...
E as fotografias que eu não tenho … !
Depois dos carnavais e de uma gripalhada, a segunda na saison, que atirou comigo para o estaleiro onde permaneci a caldos durante uma semana, eis-me de regresso ao serviço activo do kurt. Desta vez, para concluir o relato da última digressão e dar algumas explicações. Num dos últimos posts (nº 58), deixei os meus amigos, seguidores habituais e visitantes, na portaria da cidade inca de Machu Picchu, que visitei e fotografei por várias horas na companhia de um exército de turistas oriundos de todo o mundo. Tivemos a sorte, eu e o Luís Ferreira, de fazer a visita numa época que sendo habitualmente de fortes chuvadas nos brindou com uma meteorologia muito favorável, verdadeiramente primaveril. Tal sorte não tiveram alguns milhares de pessoas que, como mostraram as televisões, ficaram literalmente encurraladas no vale do rio Urubamba devido a escorregamentos e deslizamentos de terras, causados pelas enxurradas.
E as fotografias que eu não tenho … !
Depois dos carnavais e de uma gripalhada, a segunda na saison, que atirou comigo para o estaleiro onde permaneci a caldos durante uma semana, eis-me de regresso ao serviço activo do kurt. Desta vez, para concluir o relato da última digressão e dar algumas explicações. Num dos últimos posts (nº 58), deixei os meus amigos, seguidores habituais e visitantes, na portaria da cidade inca de Machu Picchu, que visitei e fotografei por várias horas na companhia de um exército de turistas oriundos de todo o mundo. Tivemos a sorte, eu e o Luís Ferreira, de fazer a visita numa época que sendo habitualmente de fortes chuvadas nos brindou com uma meteorologia muito favorável, verdadeiramente primaveril. Tal sorte não tiveram alguns milhares de pessoas que, como mostraram as televisões, ficaram literalmente encurraladas no vale do rio Urubamba devido a escorregamentos e deslizamentos de terras, causados pelas enxurradas.
No dia 9 de Dezembro, como expliquei anteriormente, viajámos de Cusco até Ollantaitambo na camioneta da carreira, tomámos depois um comboio turístico que nos conduziu a Águas Calientes e daqui até Machu Picchu foi um pulinho de autocarro. Ainda mal chegados e com uma tarde soalheira em perspectiva, demos de imediato início à visita que nem sequer foi interrompida para os comes (proibidos no local, assim como fumar!), dado que íamos prevenidos com snacks e umas garrafitas de água conforme assisado conselho que nos havia sido dado. Cagando e andando como a música da Ilha, diz-se aqui na região de Pombal, e assim, de barrita na mão, lá fomos trepando socalco a socalco, percorremos caminhos e veredas ladeados por antigos campos de cultura ou paisagem urbana, onde as pedras falam e até o ar que respiramos cheira a História. Logo à entrada (recepção), foi-nos facultado um folheto-guia que nos permitiu a fácil orientação dentro do espaço arqueológico, com indicação precisa dos locais de interesse, tais como o antigo portão de acesso à cidade, a praça principal, a casa da guarda, palacetes reais, locais de culto como os templos das três janelas, do condor e a pedra sacrificial, conjunto arquitectónico das três portadas, observatório astronómico, fontenários e cisternas. Sendo que, a parte ocidental do aglomerado é praticamente ocupada por campos de cultivo em anfiteatro, separados uns dos outros por muretes de pedra insossa à moda do Douro, com os respectivos celeiros, arrecadações de alfaias e provavelmente estábulos, enquanto a parte leste é ocupada essencialmente pelo casario.
Quanto à origem e localização, apenas algumas notas.
A povoação de Machu Picchu é constituída por 172 edifícios e fica a cerca de 130 quilómetros a noroeste da cidade de Cusco. Encontra-se implantada sobre um cerro (cabeço) granítico pertencente a uma formação orográfica conhecida como o batólito de Vilcabamba situado na província de Urubamba. A altitude média, medida junto aos templos, é de 2453 metros, o que lhe confere um clima muito agradável com temperaturas entre os 6 graus de mínima e os 20 de máxima. Este cabeço está ladeado pelos cumes de duas montanhas; do lado poente, Machu Picchu ou velha montanha em castelhano, que deu o nome à cidadela, e Waynapicchu a nascente. A seus pés, 450 metros abaixo, como que rodeando-o, corre o rio Urubamba. No conjunto, este espaço mede aproximadamente 530x200 metros e, na opinião de alguns especialistas e minha também (!), só pode ter servido de local de refúgio a algum alto dignitário inca em caso de ataque. Em 7 de Julho de 2007, foi classificado em Lisboa como uma das sete maravilhas do mundo. Diz a história que o primeiro colono a estabelecer-se na região terá sido Agustin Lazárraga, que ali foi parar em busca de boas terras para cultivo. Outros lhe seguiram na peugada, tendo todos eles tomado conhecimento da existência de Machu Picchu. Mas foi apenas no princípio do séc.XXI que Hiram Bingham, um antropólogo norte americano, professor na universidade de Yale e interessado pela cultura inca, iniciou o reconhecimento do local. Partindo da cidade de Cusco na companhia do sargento Carrasco, seu tradutor, percorreu o vale sagrado dos incas tendo chegado a Mardopampa, no sopé de Machu Picchu , onde lhes deram indicações quanto à localização das ruínas. Iniciaram a difícil escalada e quando já estavam próximos do objectivo, encontraram duas famílias de camponeses tendo sido uma criança a indicar-lhes o caminho para um monte de pedras em estado de completo abandono, cobertas de vegetação, coito de víboras, onde desde logo encontraram alguns objectos do quotidiano dos antigos habitantes. Aconteceu isto em 24 de Julho de 1911, data a que se atribui a descoberta científica de Machu Picchu. Através do seu livro “A cidade perdida dos Incas”, Bingham tornou mundialmente conhecido e famoso este sítio arqueológico.
No qual tirei perto de duas centenas de fotografias, não me restando nenhuma!
Quanto à origem e localização, apenas algumas notas.
A povoação de Machu Picchu é constituída por 172 edifícios e fica a cerca de 130 quilómetros a noroeste da cidade de Cusco. Encontra-se implantada sobre um cerro (cabeço) granítico pertencente a uma formação orográfica conhecida como o batólito de Vilcabamba situado na província de Urubamba. A altitude média, medida junto aos templos, é de 2453 metros, o que lhe confere um clima muito agradável com temperaturas entre os 6 graus de mínima e os 20 de máxima. Este cabeço está ladeado pelos cumes de duas montanhas; do lado poente, Machu Picchu ou velha montanha em castelhano, que deu o nome à cidadela, e Waynapicchu a nascente. A seus pés, 450 metros abaixo, como que rodeando-o, corre o rio Urubamba. No conjunto, este espaço mede aproximadamente 530x200 metros e, na opinião de alguns especialistas e minha também (!), só pode ter servido de local de refúgio a algum alto dignitário inca em caso de ataque. Em 7 de Julho de 2007, foi classificado em Lisboa como uma das sete maravilhas do mundo. Diz a história que o primeiro colono a estabelecer-se na região terá sido Agustin Lazárraga, que ali foi parar em busca de boas terras para cultivo. Outros lhe seguiram na peugada, tendo todos eles tomado conhecimento da existência de Machu Picchu. Mas foi apenas no princípio do séc.XXI que Hiram Bingham, um antropólogo norte americano, professor na universidade de Yale e interessado pela cultura inca, iniciou o reconhecimento do local. Partindo da cidade de Cusco na companhia do sargento Carrasco, seu tradutor, percorreu o vale sagrado dos incas tendo chegado a Mardopampa, no sopé de Machu Picchu , onde lhes deram indicações quanto à localização das ruínas. Iniciaram a difícil escalada e quando já estavam próximos do objectivo, encontraram duas famílias de camponeses tendo sido uma criança a indicar-lhes o caminho para um monte de pedras em estado de completo abandono, cobertas de vegetação, coito de víboras, onde desde logo encontraram alguns objectos do quotidiano dos antigos habitantes. Aconteceu isto em 24 de Julho de 1911, data a que se atribui a descoberta científica de Machu Picchu. Através do seu livro “A cidade perdida dos Incas”, Bingham tornou mundialmente conhecido e famoso este sítio arqueológico.
No qual tirei perto de duas centenas de fotografias, não me restando nenhuma!
A explicação, a que aludi vagamente num post anterior onde falei de uma tentativa de assalto com sequestro e de um furto particularmente doloroso, reside num descuido imperdoável da minha parte, que levou à perda do cartão de memória com todas as fotos do dia da visita, para mim, as mais valiosas de quantas bati durante toda a viagem. Tendo regressado ao hotel em Cusco por volta da meia noite e dado que na manhã seguinte teríamos de estar muito cedo no aeroporto para o voo de regresso (Cusco, La Paz, Santa cruz, S. Paulo), achei que não eram horas para transferir as fotos da máquina para o computador, como fazia habitualmente todas as noites. Arrumei sumariamente a mochila e por lapso deixei no seu interior a câmara com o respectivo cartão de memória contendo as fotografias. Ao receber a mochila em Santa Cruz onde tivemos de fazer um dia de escala, constatei de imediato que durante o processo de handling a mesma havia sido violada, encontrando-se os fechos semi abertos. Foi já em Pombal que me dei conta de que o cartão tinha ido à vida! E a máquina, perguntarão os amigos? A máquina lá vinha, serena, no meio da roupa! Dado que os trabalhadores aeroportuários passam pelo controlo, nomeadamente de pórticos detectores de metais, a máquina fotográfica seria facilmente detectável, enquanto o cartão pode dissimular-se facilmente dadas as suas reduzidas dimensões. Aquele tinha-me custado 40 aérios, o que para aqueles lados é mais do que o ordenado de um mês de trabalho. E sendo um artigo facilmente comercializável (sonny) … basta juntar 2+2, não é? Esta foi a explicação que o meu amigo Luís deu a este burro, com fumaças de viajante experiente! À falta de outra, aceito-a como boa, a não ser que na comunidade haja alguém capaz de verter melhor aproximação a este assunto. Moral da história, tenho que lá voltar, e os interessados já podem ir fazendo as malas!
As fotos que reproduzo acima, não porque me passe pela cabeça que alguém ponha em dúvida que estive lá, são tudo o que materialmente me resta da visita a Machu Picchu e servem como recordatório a todos os descuidados, de que em viagem, não se pode confiar em ninguém e todos os cuidados são poucos.
Abraços,
Juan_jovi@sapo.pt
As fotos que reproduzo acima, não porque me passe pela cabeça que alguém ponha em dúvida que estive lá, são tudo o que materialmente me resta da visita a Machu Picchu e servem como recordatório a todos os descuidados, de que em viagem, não se pode confiar em ninguém e todos os cuidados são poucos.
Abraços,
Juan_jovi@sapo.pt
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