CV: Madeira - Vista geral de Machico.
CV: Madeira - Piscina natural de Porto Moniz.
Romagem de saudade à Ilha da Madeira em 1985
Por: Carlos Vinhal
Andei uns poucos de anos a convencer a minha mulher a acompanhar-me numa visita à Ilha da Madeira, parcela do território português que me diz muito, pois foi dali que saí, em 1970, com destino à Guiné para fazer a minha comissão de serviço, integrado numa Companhia composta maioritariamente por naturais desta Ilha.
Como se devem lembrar, a pista existente na altura, no Aeroporto da Madeira, situado em Santana, era muito reduzida em extensão, sendo preciso alguma perícia dos Pilotos para lá meter um avião em segurança e sem assustar os passageiros.
Depois de muita acção psicológica, ao fim de treze anos a massacrar-lhe o juízo, a patroa lá concordou. Ia ser para ela uma aventura. Andar de avião pela primeira vez e logo ter de aterrar naquele aeroporto tão peculiar.
Tratados os pormenores na Agência, antes que ela se arrependesse, lá nos pusemos a caminho, voando calmamente numa, felizmente, agradável viagem do Porto para o Funchal, com uma aterragem relativamente suave para desmistificar.
O meu coração ia em pulgas, regressava ao fim de 15 anos àquela linda terra, das mais bonitas que Portugal tem.
Devidamente instalados no “luxuoso” Hotel Santa Maria, após o jantar, quis ir ver o Funchal à noite e o Café (Apolo) que frequentava no meu tempo de militar. A minha mulher sem saber o que a esperava, saiu com sapatos de salto alto. Quem conhece o Funchal, deve lembrar-se daqueles passeios feitos de godo pequeno, espetados ao alto em massa de cimento, formando alguns desenhos pitorescos. Por sua vez a distância, a pé, do Hotel até ao centro do Funchal ainda é um bom bocado. Dispenso os pormenores, mas ao outro dia tivemos que fazer uma visita urgente a uma sapataria, a fim de comprarmos uns sapatos mais confortáveis e práticos. Ainda hoje se fala desta aventura com um riso amarelo.
- Não me avisaste que era tão longe e que os passeios não eram iguais aos nossos!!!
Passámos os dias em visitas por toda a ilha, em táxi alugado, partilhado com mais um jovem casal de Famalicão.
Subimos até ao Pico do Areeiro (1810 metros de altitude) de onde se vê o Pico Ruivo (1862 metros de altitude) que é a terceira maior elevação do território português. Como se sabe, o ponto mais elevado é o Pico, na Ilha do mesmo nome, com 2351 metros.
Percorremos perigosas e escorregadias estradas, hoje substituídas por seguras autoestradas à borla. Tive o prazer de regressar recentemente à Madeira e pude constatar a evolução da Ilha no que respeita a estradas.
Tive ainda oportunidade de visitar a minha antiga Unidade (BAG 2) e de ficar a saber que o então Comandante, Capitão Morais, tinha falecido em combate em Angola. Esta parte não foi nada agradável.
Num dia em que passeávamos os dois pelos belos jardins do Funchal, entrámos num que tinha um belo palacete lá no meio. Vimos as árvores, lemos as respectivas etiquetas para ficarmos a saber o seu nome e sua origem. A determinada altura a minha mulher entra pelo edifício adentro, mas é delicadamente impedida de entrar, com a indicação que ali era a residência oficial do Presidente Regional da Madeira, não sendo permitidas visitas. Ficamo-nos pelo jardim já que o Jardim não nos queria receber.
Fiz algumas fotografias, mas como a maioria delas será igual a milhares que outras pessoas fizeram, dos mesmos locais e com os mesmos ângulos de objectiva, envio estas ao “Juan” para ele publicar se assim entender.
1 - Vista panorâmica de Machico
2 - Ponte no Monte
3 - Vista panorâmica do meu antigo Quartel, a partir do Pico dos Barcelos
4 - Piscinas naturais de Porto Moniz, um instantâneo feliz em que uma jovem se atira para mergulhar nas límpidas águas.
5 - Mais alto que as nuvens, algures a caminho do Pico do Areeiro
6 - Mais alto que as nuvens, algures a caminho do Pico do Areeiro
7 - Pico Ruivo, ao longe, visto a partir do Pico do Areeiro
8 - Residência oficial do Presidente Regional da Madeira
Andei uns poucos de anos a convencer a minha mulher a acompanhar-me numa visita à Ilha da Madeira, parcela do território português que me diz muito, pois foi dali que saí, em 1970, com destino à Guiné para fazer a minha comissão de serviço, integrado numa Companhia composta maioritariamente por naturais desta Ilha.
Como se devem lembrar, a pista existente na altura, no Aeroporto da Madeira, situado em Santana, era muito reduzida em extensão, sendo preciso alguma perícia dos Pilotos para lá meter um avião em segurança e sem assustar os passageiros.
Depois de muita acção psicológica, ao fim de treze anos a massacrar-lhe o juízo, a patroa lá concordou. Ia ser para ela uma aventura. Andar de avião pela primeira vez e logo ter de aterrar naquele aeroporto tão peculiar.
Tratados os pormenores na Agência, antes que ela se arrependesse, lá nos pusemos a caminho, voando calmamente numa, felizmente, agradável viagem do Porto para o Funchal, com uma aterragem relativamente suave para desmistificar.
O meu coração ia em pulgas, regressava ao fim de 15 anos àquela linda terra, das mais bonitas que Portugal tem.
Devidamente instalados no “luxuoso” Hotel Santa Maria, após o jantar, quis ir ver o Funchal à noite e o Café (Apolo) que frequentava no meu tempo de militar. A minha mulher sem saber o que a esperava, saiu com sapatos de salto alto. Quem conhece o Funchal, deve lembrar-se daqueles passeios feitos de godo pequeno, espetados ao alto em massa de cimento, formando alguns desenhos pitorescos. Por sua vez a distância, a pé, do Hotel até ao centro do Funchal ainda é um bom bocado. Dispenso os pormenores, mas ao outro dia tivemos que fazer uma visita urgente a uma sapataria, a fim de comprarmos uns sapatos mais confortáveis e práticos. Ainda hoje se fala desta aventura com um riso amarelo.
- Não me avisaste que era tão longe e que os passeios não eram iguais aos nossos!!!
Passámos os dias em visitas por toda a ilha, em táxi alugado, partilhado com mais um jovem casal de Famalicão.
Subimos até ao Pico do Areeiro (1810 metros de altitude) de onde se vê o Pico Ruivo (1862 metros de altitude) que é a terceira maior elevação do território português. Como se sabe, o ponto mais elevado é o Pico, na Ilha do mesmo nome, com 2351 metros.
Percorremos perigosas e escorregadias estradas, hoje substituídas por seguras autoestradas à borla. Tive o prazer de regressar recentemente à Madeira e pude constatar a evolução da Ilha no que respeita a estradas.
Tive ainda oportunidade de visitar a minha antiga Unidade (BAG 2) e de ficar a saber que o então Comandante, Capitão Morais, tinha falecido em combate em Angola. Esta parte não foi nada agradável.
Num dia em que passeávamos os dois pelos belos jardins do Funchal, entrámos num que tinha um belo palacete lá no meio. Vimos as árvores, lemos as respectivas etiquetas para ficarmos a saber o seu nome e sua origem. A determinada altura a minha mulher entra pelo edifício adentro, mas é delicadamente impedida de entrar, com a indicação que ali era a residência oficial do Presidente Regional da Madeira, não sendo permitidas visitas. Ficamo-nos pelo jardim já que o Jardim não nos queria receber.
Fiz algumas fotografias, mas como a maioria delas será igual a milhares que outras pessoas fizeram, dos mesmos locais e com os mesmos ângulos de objectiva, envio estas ao “Juan” para ele publicar se assim entender.
1 - Vista panorâmica de Machico
2 - Ponte no Monte
3 - Vista panorâmica do meu antigo Quartel, a partir do Pico dos Barcelos
4 - Piscinas naturais de Porto Moniz, um instantâneo feliz em que uma jovem se atira para mergulhar nas límpidas águas.
5 - Mais alto que as nuvens, algures a caminho do Pico do Areeiro
6 - Mais alto que as nuvens, algures a caminho do Pico do Areeiro
7 - Pico Ruivo, ao longe, visto a partir do Pico do Areeiro
8 - Residência oficial do Presidente Regional da Madeira
Obs: As fotos não publicadas, ficam em arquivo para ilustração de futuros posts.
Juan
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