terça-feira, 10 de abril de 2012

82 - Cá estamos!


O nosso grupo reunido na manhã de 04/04 à porta do hotel Daya Continental (próximo do aeroporto) onde passámos a primeira noite.
E aqui no lobby do Le Cosmos, já no centro da capital, ao lado da New Delhi Railway Stn.
-
Nesta viagem não tem havido contratempos dignos de registo. Ao fim de quase uma semana de íntima convivência, o grupo mantem-se coeso, mesmo depois de uma forte altercação entre o autor e um dos elementos da nossa “secção feminina”. Estas coisas acontecem e por experiência, considero-as inevitáveis. Não sei se é por causa do frio ou do sol que o pessoal apanha na moleirinha, o facto é que certos ataques de hipersensibilidade surgem de repente sem se perceber bem o porquê e de um momento para o outro um belo projecto pode ser posto em causa. No caso, porém, tudo se compôs e a paz voltou a reinar na comitiva. Estava capaz de dizer que até houve um reforço dos de amizade e confiança mútuos.
Numa zona conhecida como a área dos edifícios governamentais: Ministérios do exército , marinha e força aérea.
-
Os dias precedentes têm sido “duros” em matéria de exigência física e psicológica. Viajar através de uma cidade totalmente desconhecida com 16 milhões de habitantes já é tarefa que não se pode considerar fácil. Procurar nela a conveniente acomodação em termos de localização e preço, sempre negociado, não é coisa para maçaricos. Mas foi isso mesmo que fizemos, com sucesso! A capital da Índia recebeu-nos com um tempo magnífico com apenas um senão: Aqui está uma brasa do caraças. Imaginem o que é beber cinco litros de água por dia e urinar … nada! No entanto, o nosso organismo está a adaptar-se a esta nova realidade climatológica e já não exige tantos líquidos. O olfato também já bloqueou os receptores para certos cheiros como os de água choca, urina e fezes humanas omnipresentes nas ruas um pouco mais afastadas da Connaught Place. E a mente também não acredita no que os olhos vêm quanto ao nível de higiene ou falta dela nos diferentes cafés, bares e restaurantes de que fomos clientes improváveis. Um outro problema é o da poluição, aqui bem “visível” através de uma névoa que a certas horas quase encobre o sol, ou dos lenços a tapar a boca e narinas de alguns nacionais e estrangeiros.
Há cinco dias em Delhi, tendo-a cruzado em todos os sentidos pelos vários meios de transporte disponíveis, não pudemos apreciar mais do que uma pequena fracção daquilo que esta grande capital tem para oferecer ao visitante. Templos, palácios, museus, espectáculos, parques e jardins … Senhores de uma cultura tão vasta e antiga como o mundo, os indianos de hoje, pela sua riqueza interior, obrigam-nos a reflectir sobre o pretenso vanguardismo da civilização ocidental. A pobreza material, ou pior ainda, a miséria mais extrema, incomodam. Mas teremos nós algo de verdadeiramente genuíno e sobretudo desinteressado para lhes ensinar quanto á forma de gerir as suas vidas? Duvido. E eles também! Voltando à Terra e à viagem, a maior dificuldade que temos encontrado prende-se com a comida. Já experimentamos os restaurantes dos hotéis, os Mac, os “mid-range” restaurantes, até a Chaat ou street food. E é sempre a mesma coisa, as ementas são uma verdadeira copy past umas das outras: Chicken ou mouton, arroz e tudo muuuito spicy! Uma tortura para o paladar portuga. De tal maneira que, para meter na boca algo que se parecesse com comida de gente tivemos de ir a um restaurante chinês! Devo realçar a boa vontade e simpatia do pessoal da cozinha do nosso hotel em Delhi, Le Cosmos, que se esforçou para introduzir na ementa algumas modificações a nosso gosto. Sem grande sucesso, na minha opinião. No meu caso, valem-me as green salads, o plain rice (arroz branco), as tostas de queijo ou manteiga com geleia e o chá ou café com leite. Independentemente do nome que se dê à refeição. A fé e a esperança mantem de pé estes mil e trezentos milhões de seres humanos. Eu também espero encontrar um sítio onde me sirvam uma bela costeleta de boi assada na brasa ou uma posta de robalo com hortaliça ou uma sardinhada (batata com pele, tomate, pimento, pepino e a fechar, melããão, muito, daquele casca de carvalho de Almeirim …). Desculpem, já é tarde, adormeci e estava a sonhar!
Mais algumas fotos:
Templo indu de Birla
Mesquita deJama-masjid.
      Com um "feirante" no mercado popular (Bazar) ao fundo da escadaria de acesso à mesquita.
Aqui com o "motor" do meu Rickshaw numa volat pelo Bazar.
De Rickshaw, Manuela e Mª da Luz.

Espaço ajardinado à volta do Red Fort
Memorial de Gandhi

O grupo junto ao memrial de Gandhi.

No Templo de Lótus.
O Luís Ferreira junto à Porta da Índia.
Juan_jovi@sapo.pt

Sem comentários:

Enviar um comentário