terça-feira, 17 de abril de 2012

87 - Ranthambhore.


Atenção: Esta fotografia é falsa! O Luís Ferreira, nosso repórter fotográfico, saltou da cama às cinco e trinta da manhã com o objectivo de ir para a selva fotografar tigres comedores de homens. Não lhes viu nem as pegadas. Não querendo deixar créditos por mãos alheias, admitindo o desaire, fez uma foto de um quadro existente no restaurante do hotel. E com essa habilidade,enfiou o barrete, ainda que apenas por momentos, a uma série de papalvos, eu entre eles!
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Ranthambhore é pouco mais do que um ponto no mapa. A sua importância está ligada ao facto de ser porta de entrada para um parque nacional onde se encontra uma importante reserva animal, sendo os tigres de Bengala o ex-libris do parque. Chegámos hoje pela hora de almoço. O hotel onde nos encontramos alojados é um "resort", uma espécie de “lodge” procurado pelos muitos turistas que diariamente demandam o parque para um safari fotográfico.
O nosso hotel em Ranthamhhore.
 Na falta de praia - a mais próxima ficava a mais de 1000 Km - as piscinas eram uma boa forma de "quebrar o galho".

Nestas grandes alcofas que encontrámos por todo o estado, é transportada a pragana do trigo que entre outras possíveis utilizações, serve para alimentar os fornos onde é cozido o tijolo de barro vermelho usado na construção.

Camelo também puxa carroça!
Confraternizando com um "cameleiro".
A jornada, contando com 200 Km demorou as previsíveis quatro horas (média de 50 Km/hora), através de estradas ora nacionais ora rurais, de terra batida, orladas por charcas que se formaram com as águas da chuva que caiu durante a noite. A paisagem, essa sim, mudou e muito, relativamente àquela que descrevi em posts anteriores. Nos primeiros 100 Km viajámos através de um vale estreito onde a provável abundância de água fez dele um oásis onde culturas verdejantes de hortícolas, fruteiras e restolhos de cereais denunciam uma agricultura próspera e porventura condições de vida mais desafogadas das suas populações. Depois voltámos à extensa planície mais seca e árida. Mas não podemos esquecer que estamos nas barbas do deserto Thar.
Em Rantambhore parece que toda a gente vive de alguma forma das rupias que os turistas aqui deixam. E estes são aos mihares, apesar de a época baixa ter começado … hoje, 15 de Abril! Por todo o lado se vêm as barraquinhas dos agenciários que vendem os “tickets” para os safaris no parque. E estes fazem-se duas vezes ao dia, às seis da manhã quando os animais se tornam activos e às duas da tarde quando fazem o seu período de repouso sob um calor que continua (cada vez mais) abrasador. A reportagem fotográfica do safari que tenciono apresentar no Kurt – logo que tenha Internet capaz - será efectuada pelo companheiro de viagem Luís Ferreira, caso não se torne refeição de algum tigre esfomeado! Aguardemos.
Vegetação típica do parque, ressequida nesta altura do ano.

Animais do parque.

Organização, planeamento e contabilidade!

No parque: Manuel com a mulher, Mª da Luz

Passarinho valente e ... curioso!

O "bus" utilizado no safari.
juam_jovi@sapo.pt

1 comentário:

  1. Quero vêr essas fotos,mesmo que o Luís corra esse risco.....ah,ah,ah(estou abrincar,preciso que volte sem um arranhão).um beijinho,fiquem bem.

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