terça-feira, 28 de maio de 2013

121 - Berlim, oh Berlim.


Hoje tive um dia menos convidativo para passear! Umas olheiradas de sol intercalando com aguaceiros e algum frio a pedir pantufas e sofá. À
tarde, caiu sobre a cidade uma forte trovoada acompanhada por chuva intensa. Por isso fiquei todo o dia no hotel a ouvir músicas no computador.   
 
Ora ouçam esta:
http://youtu.be/MO0lUXnAs-U

Esta é a letra da canção:

Em frente ao quartel
Diante do portão
Havia um poste com um lampião
E se ele ainda estiver lá
Lá desejamos reencontrar-nos
Queremos junto ao lampião ficar
Como outrora, Lili Marlene.
As nossas duas sombras
Pareciam uma só
Tínhamos tanto amor
Que todos logo percebiam
E toda a gente ficava a contemplar
Quando estávamos junto ao lampião
Como outrora, Lili Marlene.
Gritou a sentinela
Que soara o toque de recolher
Um atraso pode custar-te três dias
Camarada, já estou indo
E então dissemos adeus
Como gostaria de ir contigo
Contigo, Lili Marlene
O lampião conhece os teus passos
Teu lindo caminhar
Todas as noites ele brilha
Mas há tempos esqueceu-se de mim
E, caso me aconteça algo de ruim
Quem vai estar junto ao lampião
Contigo, Lili Marlene ?
Do tranquilo céu
Das profundezas da terra
Surge-me como em sonho
O teu rosto amado
Envolto na névoa da noite
Será que voltarei para nosso lampião
Como outrora, Lili Marlene.

Para mim, Berlim é isto que acabam de ouvir. A canção chama-se “Lili Marleen” tendo sido pela voz de Marlene Dietrich que ela se tornou mundialmente conhecida e, curiosamente, uma espécie de hino para os soldados de ambos os lados da barricada.
Berlim é também Kurfürstendamm e a pouca distância a Gedächtniskirche, monumento à fúria destruidora da guerra,,Charlottenburg e o seu palácio, Alexander e Potsdamer Plätze, o rio Spree com seus canais e os barcos que neles navegam, a Ilha dos Museus e o Tiergarten (é um imenso e bem cuidado parque e não o Zoo como o nome sugere). E ainda os restos e as marcas no chão do Muro, o checkpoint Charlie, Prenzlauer Berg (o bairro dos bares),  a Av. Unter den Linden, palácios e igrejas sem conta, museus às dezenas, galerias de arte, praças populares com as suas esplanadas sempre apinhadas, as tasquinhas de rua, a alegria, a vontade de viver  … e de voltar.
Berlim é a minha preferida das capitais europeias e não pode ser descrita!
Ver as FOTOS de Berlim, no post nº 119 - A 

1 comentário:

  1. avó vítor! este seu último post fez-me lembrar os filmes do fassbinder (um dos maiores berlinenses!) e das asas do desejo do wim wenders... quero falar com o viajante interior, escutá-lo a falar sobre os lugares por onde passou, a gente (in)comum que conheceu...e já agora...lili marleen foi inspirado no nome de uma enfermeira!!! (não escrevo mais pq perdi o texto que queria ter escrito...). quando regressar verá como as suas netas cresceram tanto! abraço fraterno, genro quintas

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